Jovens mães
julho 28, 2015
Hoje temos polêmica! Pra chamar atenção pro blog? NOT! Pra chamar atenção das gatas que me seguem. WHAT? Você está grávida? Não. Mas quero conversar sobre isso com vocês.
Engraçado como a prevenção é algo complexo, não é mesmo?! Conversando com minhas amigas, muitas disseram nunca usar a camisinha por incômodo e a pílula muito menos. Ou o uso apenas de uma prevenção. Não precisa ser nenhum gênio pra saber que a prevenção não é apenas para evitar a gravidez, e sim, por controle do seu corpo e pra prevenir doenças em geral. Mas doenças? Nada po, meu parceiro é fiel. Você pode colocar a mão no fogo por você, mas não por outra pessoa. Está dizendo que só existem pessoas infiéis no mundo? Que horror! Não, mas você pode não saber o passado da pessoa, os cuidados, a higiene, pensamentos e etc. Principalmente se você possui vários parceirxs, os cuidados TRIPLICAM. A questão é que num momento de prazer, um pequeno deslize pode fazer com que sua vida mude pra sempre e sem direito a planejamentos.
Vale ressaltar que não sou nenhuma sexóloga, bióloga, ginecologista ou pessoa cheia das experiências. Maaaas nós também aprendemos com o que lemos, assistimos e escutamos. Você não precisa errar, necessariamente, pra aprender que aquilo é errado, né?
Você pensa, ah nada a ver, ele goza fora e eu só fico atenta. Mas queridos, tenho que lhes dizer uma coisa: ACIDENTES ACONTECEM! Sim, todos os acidentes podem acontecer. A camisinha pode estourar, furar, tomar remédio que corta o efeito do anticoncepcional, gozar DENTRO (Pois quem te garante que tirou na hora exata? E se entrou um pouquinho? Esse pouquinho pode ser o bastante...). E enfim... Um deslize que você não notou na hora, notará a partir dos nove meses.
O assunto carrega muitos poréns, mas vim dizer sobre os que conheço. Não quero ser exagerada, mas é sempre bom compartilhar certos aprendizados que a vida nos dá. Não é mesmo?
Hoje trago relatos de amigas, que tiveram seus pimpolhos por surpresa do destino, passaram por dificuldades, mas que são muito felizes com a alegria deles. Afinal, pode sim dar tudo certo mesmo não sendo planejado. ♥
"Bem... Tudo sofre preconceito, mas bem, eu sofri preconceito até mesmo da minha parte. Eu tive preconceito de mim mesma, pelas formas e padrões arraigadas em mim, pela minha criação. Ás vezes são preconceitos inconscientes de olhares, comportamentos e até mesmo posturas com relação a mãe jovem. Nenhuma das minhas duas gravidez foram planejadas e tornam a minha vida difícil pra arrumar emprego, pra busca de uma estabilidade profissional, estudos e vida social. A vida social de uma jovem pós parto é de festas infantis e escolares. A vida profissional só começamos a pensar com estabilidade e tranquilidade quando a criança atinge uma idade de uns 5 anos e isso também vale para os estudos. Sofri preconceitos em relacionamentos onde a família não me aceitava por já ser mãe, onde acreditam ser mais fácil conseguir o sexo por já ser mãe. Existe dificuldade em ter que se desdobrar pra manter o relacionamento, o trabalho, os estudos, a vida social, as amizades... Tudo é sempre complicado, fora o fato de se manter estruturada emocionalmente, o que muita das vezes é inviável durante muito tempo. Quem não tem uma mente focada no que quer e aonde quer chegar, acaba deixando de lado uma parte da vida, seja ela qual for. No pior dos casos, a mãe esquece de cuidar do filho, como é em grande parte dos casos de uma vida mal estruturada emocionalmente e financeiramente."
"Tenho um filho de 2 anos e essa minha jornada começou quando eu tinha 18 anos e engravidei do meu namorado na época. Desde o começo foi bem turbulento. Fui expulsa de casa, queriam me obrigar a abortar, morei com uma amiga por duas semanas. Apesar de tudo isso segui ir em frente.
Hoje, 2 anos depois, a luta continua. É muito difícil que as pessoas entendam que apenas aconteceu um descuido na minha vida. Eu não sou nenhuma piranha por isso, nem perdi a minha juventude.
É difícil me relacionar com as pessoas, muita gente fica assustada e não me leva a sério por causa disso. Os caras não querem sair comigo, o estereótipo é grande.
Eu cuido do meu filho, não tive ele pra deixar no colo da família. Sou responsável pela minha vida, jovem, com muita coisa a viver ainda e com a sorte de ter encontrado o grande amor da minha vida, meu filho."
Quando não temos apoio de quem amamos, tudo fica mais difícil. Os motivos ruins são variados. Mas pra quem se preocupa com sua saúde e a do bebê tem medos redobrados. O governo mesmo dá muitas bolsa alguma coisa pra ajudar, tratamentos gratuitos... Mas peca na educação e numa saúde mais eficaz. Você até tem atendimento hospitalar gratuito, mas ainda tem que enfrentar filas, senhas e afins. Os problemas em relação a saúde, sabemos que andam bem complicados.
Outra coisa MUITO séria é a questão do aborto. E eu sei que muitas vão parar de ler ao chegar aqui, mas eu gostaria que completassem a leitura, não com o intuito de criticar, mas com intuito de entender o meu ponto de vista.
Muitas mães, por desespero, optam por este ato. Para pessoas religiosas, é um ato cruel. E sim ele é. Você não está permitindo que aquela vida continue em processo de crescimento. Mas vamos pensar nos fatos: 'Eu me preveni, e por algum erro do destino engravidei sem querer sem estar preparada. Mas eu não tenho condições financeiras nem psicológicas. Como essa criança e eu também, sofreríamos pra manter nossas vidas... Meus pais podem me expulsar de casa, meu parceiro pode sumir. E quem vai me ajudar?'
Não estou dizendo, vai lá gata, aborte! NÃO! Mas pense bem nos assuntos que o envolvem. E não julguem as mulheres que fizeram isso num momento de desespero. Existem MUITAS mães desesperadas cometendo crimes como o abandono, roubo (muitas vezes pra alimentar a criança) e assassinato. Mas aborto é assassinato (?!). Não quando se age cedo (é o que particularmente penso). É um assunto sério a ser pensado e conversado com cautela. Lembrando que o aborto é ilegal, e por pessoas procurando remédios e clínicas clandestinas, têm risco de serem presas (juntamente com criminosas perigosas, o que acho um absurdo) e perder a vida também.
As mulheres são julgadas o tempo inteiro! Tanto por pôr uma criança no mundo, por abortar, por entregar para adoção... Vivemos num mundo muito cruel e isso nos afeta. Nos deixa confusos e até perdidos.
As mulheres são julgadas o tempo inteiro! Tanto por pôr uma criança no mundo, por abortar, por entregar para adoção... Vivemos num mundo muito cruel e isso nos afeta. Nos deixa confusos e até perdidos.
Mas o que estou tentando dizer, queridos, é que é muito fácil apontar pra uma mãe e dizer AH, MAS VOCÊ DEVERIA TER SE CUIDADO (...) NA HORA DO PRAZER NINGUÉM PENSA, NÉ? Muitas podem ter sido irresponsáveis sim, ÓBVIO. Muitas não dão a mínima pras circunstâncias e acabam tendo vários filhos sem se preocupar com educação e tudo mais. E é assim que as crianças se perdem no mundo, muitas vezes tomando caminhos errados.
NADA JUSTIFICA UM ERRO, mas todos sabemos que temos alternativas, temos escolhas importantes a serem tomadas. Todos erram, mas também temos oportunidade de "consertar" o erro.
O foco pra esse post enorme, é que respeitem mais as mães. Não importa a idade. Sendo muito nova ou muito mais experiente. As pessoas erram, as pessoas precisam de ajuda e de amor. Não é com julgamentos que vamos melhorar o mundo. Quer criticar? Experimente ouvir o relato da pessoa antes de abrir a boca pra dizer coisas que a machuquem. Tente entender aquela mulher que pode estar frágil e incompreendida. Não é porque fulana é irresponsável que todas as ciclanas e beltranas sejam também.
Também não vim aqui dizer o que é certo e errado. Pois quem sabe o que é melhor pra você, é você! Mas pedir por respeito, e também aconselhar os amiguinhos, ainda não é crime.
Quem já é mãe faz tempo, crie INTIMIDADE para conversar sobre essas coisas com seus filhos. Não trate como um assunto qualquer. As crianças devem crescer sabendo que têm apoio dos pais e que podem se sentir a vontade pra conversar sobre tudo e tirar dúvidas.
ATENÇÃO: As mulheres que mandaram seus relatos, não necessariamente, concordam com tudo o que falei. Aqui eu coloco minha opinião e apenas pedi depoimentos de amigas para falar sobre suas situações. Cada uma pensa de uma maneira diferente. Cada um interpreta da maneira que achar melhor. Apenas tente entender os pontos de vista citados. Ok?! :)
Espero que esteja claro sobre o que o post se trata e qualquer dúvida sobre o mesmo, sem pedras na mão, fique a vontade pra compartilhar conosco.
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